Deformidades Angulares dos Membros Inferiores

TRATAMENTOS

As deformidades angulares, como o joelho varo (pernas arqueadas) e o joelho valgo (pernas em “X”), são condições que alteram o alinhamento das pernas, podendo impactar a funcionalidade articular e a postura. Essas alterações são frequentemente observadas durante o desenvolvimento infantil e, em muitos casos, podem ser corrigidas espontaneamente. No entanto, em situações mais graves ou persistentes, é fundamental o acompanhamento especializado para prevenir complicações, como dores articulares, instabilidade e desgaste precoce das articulações.

As deformidades angulares, como genu varo e genu valgo, podem ter causas fisiológicas ou patológicas. As causas fisiológicas estão relacionadas ao crescimento natural das crianças e tendem a se corrigir com o tempo. Já as causas patológicas incluem condições como raquitismo, displasias ósseas, doença de Blount ou alterações traumáticas, que podem interferir no alinhamento adequado das pernas.

Os sintomas variam de acordo com a gravidade da deformidade. Alterações na aparência das pernas são comuns, com arqueamento em casos de genu varo ou alinhamento em “X” em casos de genu valgo. Dores nos joelhos, especialmente após atividades físicas, instabilidade articular e quedas frequentes também são frequentes. Em casos mais avançados, pode ocorrer desgaste articular e dificuldades para caminhar.

O Que São Genu Varo e Genu Valgo?

  • Genu Varo: Ocorre quando os joelhos se projetam para fora, criando um aspecto de pernas arqueadas. Essa condição é comum em bebês e costuma corrigir-se naturalmente até os dois anos de idade.
  • Genu Valgo: Caracteriza-se pelo alinhamento dos joelhos para dentro, formando um “X”. Normalmente, atinge o auge em torno dos 4 anos de idade e tende a estabilizar até os 7 anos.

Embora essas deformidades possam ser parte do desenvolvimento normal, elas podem ser causadas por condições patológicas, como raquitismo, displasias esqueléticas ou traumas.

Cuidados Necessários

Diagnóstico Completo:
A avaliação clínica minuciosa e exames de imagem, como radiografias, são essenciais para medir o grau da deformidade e determinar se é fisiológica ou patológica.

Tratamento Conservador:

  • Em casos leves ou fisiológicos, recomenda-se acompanhamento regular.
  • O uso de órteses pode ser indicado para ajudar no alinhamento durante o crescimento.

Tratamento Cirúrgico:
Nos casos mais graves ou em que a deformidade não se corrige com o tempo, pode ser necessário:

  • Epifisiodese: Técnica minimamente invasiva que corrige o alinhamento bloqueando temporariamente a cartilagem de crescimento.
  • Osteotomias: Cirurgia para reposicionar os ossos em casos severos, geralmente em adolescentes ou adultos jovens.

Reabilitação e Acompanhamento:
O acompanhamento é indispensável para garantir o sucesso do tratamento. Fisioterapia pode ser indicada para fortalecer a musculatura e prevenir recaídas.

Com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, é possível garantir um desenvolvimento saudável, prevenir complicações articulares e melhorar a qualidade de vida das crianças e adolescentes.

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